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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Movimento Escola Sem Censura faz o enfrentamento ao reacionarismo em Araraquara!

Escola Sem Censura denuncia 
cerceamento da sua participação em 
audiência pública na Câmara de Araraquara!

Araraquara terá neste dia 12 de abril uma audiência pública na Câmara de Vereadores para debater uma proposta de lei que pretende introduzir na educação da cidade o projeto Escola Sem Partido, uma ação de grupos de ultra-direita que pretende censurar professores e suprimir de currículos toda e qualquer menção a conteúdo que, segundo o grupo, seja de conteúdo 'esquerdista' ou que 'ofenda' a família tradicional.

Esses grupos de ultra-direita têm atuado no Brasil todo em aliança com políticos na busca de introduzir o Escola Sem Partido em municípios e Estados.


Em Araraquara não está sendo diferente. Segundo informa o Movimento Escola Sem Censura (que procura fazer o contraponto e defender a pluralidade e o debate na educação): "Associado aos vereadores, um grupo de extrema direita está tentando impor aos educadores de Araraquara o PL/Escola Sem Partido, o mesmo que visa silenciar a crítica e suprimir qualquer espaço ao pluralismo de ideias dentro das escolas brasileiras. O projeto já foi julgado inconstitucional em âmbito federal e este de nossa cidade já tem parecer contrário da Comissão de Justiça da Câmara, em razão de sua inconstitucionalidade. Chegou a hora de mostrar para os nossos vereadores, e para quem mais for preciso, que em nossas escolas não colocarão suas mãos e que os professores não negociam sua liberdade e os direitos dos estudantes. Convocamos os responsáveis, estudantes, professores e todos os setores progressistas da sociedade civil de Araraquara para comparecerem à Câmara Municipal na próxima quinta-feira, dia 12 de abril, quando se dará a Audiência Pública sobre o PL/Escola Sem Partido em nossa cidade, à partir das 19:30. Será uma noite de luta e histórica e contamos com todos vocês!".

O movimento de ultra-direita que tenta avançar com a agenda do Escola Sem Partido é fruto dos nossos tempos, tempos de ódio, de golpes e de avanço ultra-conservador que busca suprimir o diferente a partir do enfraquecimento do Estado de Direito e da própria democracia.

O Escola Sem Partido propõe na verdade uma escola de um partido único, de um pensamento único e se utiliza da mordaça como instrumento de ação.

Em Araraquara, o Movimento Escola Sem Censura busca fazer esse debate e organiza uma grande participação de professores, alunos e apoiadores neste dia 12. Mas o movimento denuncia uma tentativa de cerceamento de sua participação na audiência pública: "acabamos de saber que a mesa de debates que seria composta pela Presidenta da Apeoesp, Bebel, e pelo professor Fernando Pena, como opositores do projeto Escola Sem Partido, acabou de ser manobrada para ter apenas representantes a favor do projeto. Exigimos a nossa participação na mesa de debates da audiência pública!Que audiência é essa que só quer dar voz a um lado do debate?".

Na manhã dessa quarta-feira, o Movimento Escola Sem Censura fez nova denúncia em sua página no facebook: 

"GOLPE NA AUDIÊNCIA DE ARARAQUARA!
Pessoal, é muito sério o que está acontecendo em Araraquara. Vereadores cederam praça a um grupo de extrema-direita e agora parecem asustados com a reação dos professores e estudantes de luta. Fontes de dentro da Câmara nos confidenciaram que os vereadores pretendem fazer uma audiência pública sobre o ESP sem representantes da sociedade civil na mesa. Exigimos participação de representantes da Unesp, do nosso movimento e da presidente da Apeoesp, que também virá para o evento. Também consideramos absolutamente legítimo que o grupo Direita Araraquara e Marisa Lobo tenham lugar na mesa de organização do mesmo. O presidente da Câmara dos vereadores, Jefferson Yashuda, pretende organizar uma mesa apenas com políticos, os vereadores Elton Negrini, Lucas Grecco e Porsani. Estamos falando de uma audiência pública, e não de uma sessão ordinária da Casa. Nosso grupo conta com quadros da estatura dos professores Newton Duarte e Fernando Penna e exigimos que componham a mesa. Este golpe tem clara relação com a humilhação que os professores Alexandre Campos e João Pedro Nardyimpuseram ao vereador Negrini na manhã de hoje, quando participaram do Programa do Magdalena. Não bastasse essa vergonha, que terá repercussão nacional, os vereadores pretendem votar o projeto na próxima sessão ordinária, mesmo com ele tendo parecer de inconstitucionalidade da própria Comissão de Justiça da Casa e sem avaliação da Comissão de Educação. Nós, do Movimento Escola Sem Censura Araraquara, exigimos posicionamento de denúncia da parte dos vereadores que discordam deste golpe, queremos o assunto exposto na imprensa e reunião com o presidente da Câmara Municipal. É algo sem precedentes no Brasil".
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Blog O Calçadão

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