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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Desemprego: com Dilma 4.8%, com Temer 13%. Para que serviu o golpe?


Foi assim: durante o primeiro mandato de Dilma, a economia permaneceu com números significativos, a desigualdade continuou em queda e o desemprego alcançou o menor número na história das medições, 4,8%.

Dilma consolidou a nacionalização do pré sal, instituiu os fundos para a saúde e educação a partir dos royalties e concedeu ao setor produtivo 90 bilhões anuais, em média, de desonerações fiscais.

E tem mais!


Hoje se sabe que Dilma atuou para combater conhecidos esquemas de corrupção em Furnas, na Caixa e na Petrobrás!

Mas, a partir das eleições de 2014, entrou em ação o grande conluio golpista que cassou 54 milhões de votos e conduziu o país ao caos e à paralisia.

A análise dos motivos do golpe é bastante complexa, mas certamente envolve desde os interesses fisiológicos da política, incomodados com a postura de Dilma, até interesses estrangeiros, incomodados com a nova política do petróleo e energia.

Mas, do ponto de vista econômico, mesmo com os erros de início de segundo mandato, como o 'plano Levy', a verdade é que houve um complô contra Dilma.

A crise internacional que reduziu a liquidez de capital a partir de 2012, obrigou o governo Dilma a alterar a política de desonerações em 2014, além de diminuir os superávits primários para manter os investimentos e os programas sociais.

A proposta de uma CPMF de 0,2% em 2015 poderia ter dado ao país as condições para atravessar o pico da crise e, hoje, estar retomando o crescimento, como já ocorre no mundo.

Nada disso foi possível.

Aécio e Cunha operaram no Congresso a política do 'quanto pior, melhor'. A mídia insuflou movimentos de rua e o desfecho é conhecido.

Mas, para que serviu o golpe?

Instituiu-se um governo sem voto, sem apoio popular, apoiado na aliança entre PMDB e PSDB, eivado de denúncias de corrupção e incompetente para tirar o país da crise.

Dilma encerrou 2014 com 4,8% de desemprego e Temer chega à metade de 2017 com 13% e diante de uma crise moral, política e econômica avassaladora.

As bases do Estado brasileiro estão sendo destruídas junto com os avanços sociais anteriormente alcançados.

Diante disso, só a democracia e uma unidade em torno de um projeto de país nos salvará.

Anular o impeachment, devolver o mandato a Dilma, convocar eleições gerais para o início de 2018 e buscar uma ampla reforma política que dê ao Brasil as condições de voltar a olhar para o futuro.

Ricardo Jimenez

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