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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Nogueira quer fechar PS Central para economizar recursos. Em 2013, São Carlos também trocou um PS por um AME!

Foto: A Cidade On

Em 2013, sob administração tucana, São Carlos também trocou um PS por um AME. O PS funcionava em uma ala do Hospital Escola da UFscar. Assim, a Prefeitura economiza tanto no custeio do equipamento público quanto no pagamento de plantões e horas-extras aos profissionais. 

A lógica é a mesma para Ribeirão Preto: economizar recursos.


Aliás, a lógica maior vem do governo do Estado: terceirização e privatização geral da saúde!

Nos últimos anos, o governo do Estado, sob comando tucano, tem acelerado a terceirização e a privatização da saúde. Os hospitais estaduais e os AMEs são geridos pelas Organizações Sociais (OSs) e a mão-de-obra é toda terceirizada.

Essa é a forma como o PSDB enxerga a gestão da coisa pública: terceirizando e privatizando.

Com isso, sobram recursos para o que realmente interessa às gestões tucanas: satisfazer o capital especulativo, a ciranda financeira, a 'deusa' por trás da ideologia do 'estado mínimo'.

Acontece que o processo é insuficiente no atendimento à população que mais precisa e ainda está repleto de rombos financeiros, como mostra esta reportagem do Viomundo.

Mesmo assim, o governo do Estado exporta sua lógica de gestão para as Prefeituras tucanas, como Ribeirão Preto.

A Prefeitura já anuncia no pacote de mudanças, que prevê o fechamento do PS central para a instalação de uma AME e a transferência da demanda de pronto atendimento para a UPA Oeste, que esta última será gerida por uma OS, sendo que o Secretário de Saúde irá até Catanduva (outra administração tucana) conhecer a experiência da UPA de lá, gerida por OS ( e péssima no atendimento, diga-se de passagem).

Na última eleição em Ribeirão Preto, o debate sobre a cidade foi pobre e sufocado pelo discurso hipócrita 'anti-corrupção'. Os problemas reais da cidade e os diferentes modos de enfrentá-los foram deixados de lado. Nogueira, o candidato tucano, pouco foi confrontado sobre os métodos de gestão tucana.

Assim, ao assumir, o prefeito sente-se desobrigado ao debate e coloca às claras aquilo que não foi cobrado e nem esclarecido na campanha: pouco diálogo, pouca participação social, criminalização dos servidores e 'ajuste fiscal' com corte de gastos públicos.

É preciso, além de lutar contra a agenda tucana, discutir Ribeirão Preto, construir um projeto de cidade que supere a miséria que se abate sobre a cidade desde 1996, com sequências de administrações uma pior do que a outra.

Ribeirão Preto precisa de debater, se reencontrar, se democratizar, buscar outros caminhos que promovam um desenvolvimento com inclusão social, fundamental para uma cidade onde os números da desigualdade superam a média estadual e nacional.

obs) Além da Saúde, que o governo do Estado, tucano, não investe, segundo denúncias, os recursos vindos do SUS, também na Educação o governo é acusado pelo MPF de desviar recursos, sendo 6,5 bilhões só em 2016.

Ricardo Jimenez

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