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domingo, 30 de abril de 2017

Lula lidera todas com viés de alta. Ciro é viável. A esquerda pode ter hoje mais da metade do eleitorado no Brasil


Até na pesquisa do Datafolha Lula aparece em excelentes condições para a eleição de 2018 (ou antes, se ela for antecipada).

Lula aparece com viés de alta em todos os levantamentos, inclusive quando 'perde' para Marina e Moro (invenção da Folha para polemizar). Sinal de que a candidatura do ex-Presidente é, hoje, praticamente imbatível, mesmo considerando todo o arsenal despejado contra ele pela dobradinha mídia-Lava Jato.


Outro bom sinal é o indicativo de viabilidade de Ciro Gomes, com os menores índices de rejeição e com possibilidade de alcançar 10% em breve.

Diferente da França, onde a esquerda e a centro-esquerda ficaram de fora do segundo turno com apenas 25% dos votos, perdendo espaço para o neoliberal Macron e a proto-fascista Le Pen, aqui no Brasil a esquerda e a centro-esquerda, que representam projetos populares, democráticos e inclusivos de desenvolvimento, podem ter, hoje, mais de 50% dos votos.

Isso aponta para duas verdades.

A primeira é que o legado de Lula e sua incontestável liderança popular são os maiores trunfos contra o golpe. A segunda é que isso tem impedido que outsiders como Dória ou Bolsonaro (que surfa na onda neocon) se viabilizem neste momento.

É cada vez mais importante lutarmos ao lado de Lula contra os desmandos da dupla mídia-Lava Jato. 

Garantir sua candidatura em 2018 ou mesmo que ele possa participar do pleito livremente defendendo um projeto nacional de desenvolvimento e o candidato que desejar é, na prática, lutar pelo retorno da democracia e pela derrota do golpe.

Neste momento, somos todos Lula, inclusive Ciro Gomes, que deve enxergar na luta de Lula também a garantia de que sua candidatura possa ser apoiada num pleito democrático.

Por outro lado, a conjuntura recente mostra que o golpe e os golpistas estão derrotados. Os parceiros da 'Ponte para o Futuro', programa que criou 15 milhões de desempregados, entregou o pré sal e quer retirar a aposentadoria do povo, naufragaram na sua louca aventura golpista.

Nem a Globo, a maior apoiadora, pode salvá-los.

Os tucanos  tradicionais estão no chão e Aécio é um cadáver político insepulto. Ao PSDB resta Dória, o prefake, ou seja, o PSDB acabou.

Ao PMDB temerista restará a lata de lixo da História.

Por enquanto, Temer e PSDB sobrevivem da mídia e da estrutura golpista que ainda permite a um Congresso deslegitimado popularmente legislar contra os direitos do povo a mando do capital rentista. Mas o tempo se esgota e a base de Temer, a partir da Greve Geral, começa a rachar.

Moro também está começando a minguar e também só se sustenta nos resquícios de um poder midiático e supra-constitucional que recentemente teve. A sociedade começa a reagir aos desmandos de Curitiba. Os ventos estão virando.

Daqui para frente há dois caminhos ao Brasil: ou retorna à democracia ou despenca no autoritarismo.

O fiel da balança será a força popular (85% querem diretas, já!) e a unidade das forças democráticas.

Próximo desafio: o depoimento de Lula em Curitiba.

À luta!

Ricardo Jimenez

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