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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Os três objetivos do governo do interino: a Lava Jato, os direitos coletivos e a Petrobrás!


O atual interino, alçado à cadeira da Presidência da República através de uma traição e de uma farsa montada em torno de um processo de impeachment sem provas (um golpe!) nunca foi e não é um líder, é apenas um preposto para cumprir uma função.

Temer e seu parceiro maior, Cunha, são fruto do baixo clero da política, onde não há sentimento de país e nem ética.

Essa função tem três objetivos claros.

1- Enterrar a parte da operação Lava Jato que causa transtornos ao PMDB e seus aliados na corrupção. Para isso o interino cumpre o papel de comprar consciências estratégicas dentro do aparelho de Estado com aumentos substanciais de salários e benefícios do Judiciário, MP, PF e servidores do Congresso. Enquanto isso ele vai desmontando as estruturas de Estado que realmente faziam a diferença na inclusão social implantada por Lula e Dilma, incluindo os projetos de privatizações da saúde e da educação públicas (hoje tanto no MEC quanto no Ministério da Saúde quem manda são os interesses das escolas particulares e dos planos privados de saúde).

2- Atacar frontalmente os direitos individuais e coletivos frutos de décadas de lutas e conquistas da sociedade brasileira. Esse é o objetivo número um da bancada BBB, principalmente da bancada que representa os interesses do evangelismo de busines e da FIESP. Assim vai se avançando sobre os direitos das mulheres, negros, LGBT,indígenas e dos sagrados direitos trabalhistas.

3- Privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal. Esse é um objetivo caro aos interesses estrangeiros desde 2009 quando Lula nacionalizou o pré-sal na Petrobrás no regime de partilha. Esse objetivo será cumprido por Serra, que já havia prometido à Chevron em 2010. Serra operará o desmonte do setor de petróleo e gás através do Itamarati, do Ministério da Defesa (comandado por um preposto de seu partido satélite, o PPS de Julgman) e da Presidência da Petrobrás sob comando do ultra-entreguista e tucano Pedro Parente.

O governo do interino acaba de aprovar uma pauta-bomba de 50 bilhões de reais além dos 170 bilhões que o Congresso do Cunha deu de presente a ele para gastar como bem entender. E vem aí uma paulada nos aposentados, com uma brutal reforma da Previdência e a desvinculação do benefício dos aposentados da valorização do salário mínimo, e o retorno do financiamento empresarial de campanhas, garantia da manutenção do status quo atual.

O golpe colocou o poder nas mãos da ala do PMDB fisiológico, corrupto e o retrocesso ao país não tem como ser medido ainda, mas certamente retroagiremos algumas décadas se ele não vier abaixo logo. Dois anos desse sistema e o país não aguentará.

Por isso a pauta Fora Temer é hoje a mais importante do país, inclusive nas eleições municipais que se avizinham.

Ricardo Jimenez

Um comentário:

Maria disse...

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