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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Governo interino, pendurado no Cunha, pode acabar com o Mais Médicos!



O governo do interino que assumiu através de um golpe e que agora está na expectativa da prisão e provável delação premiada de Eduardo Cunha, um dos pilares de sustentação do governo golpista, não quer perder tempo e já mira suas garras na Previdência, no pré-sal, nos direitos trabalhistas, na educação e na saúde.

Temer enviará ao Congresso ainda esta semana a proposta de 'teto de gastos' do governo, o que, na prática, significa engessar o orçamento, arrochando os programas e os investimentos básicos do Estado nacional brasileiro.

O 'teto de gastos' é o instrumento básico que dará poder ao governo de colocar em andamento a reforma da Previdência, a flexibilização dos direitos trabalhistas, um novo programa de desestatização (que inclui a entrega do pré sal e o desmonte da Petrobrás), a privatização da educação e da saúde e o corte brutal dos programas sociais.

Meirelles já anunciou o corte do abono salarial anual, Mendonça Filho (aquele que faz reunião pedagógica com Alexandre Frota) já está desmontando o PRONATEC e, agora, o Ministro da Saúde (representante dos planos privados) já anuncia a não renovação do programa Mais Médicos.

Apesar de toda a celeuma envolvendo o programa, principalmente a questão da vinda dos médicos cubanos, a realidade é que o Mais Médicos atende hoje uma população de 60 milhões de pessoas e tem mais de 18 mil médicos contratados em mais de 4 mil municípios.

Se até o dia 2 de julho o programa não for renovado significa que ele está extinto pelo governo interino e isto coloca o Brasil na iminência de uma calamidade na saúde. Acabar com o Mais Médicos é um ato de quase genocídio, tamanho será o impacto causado no atendimento da população que mais necessita e que desde a criação do programa passou a contar com o atendimento em saúde.

Fica novamente a pergunta para a população, para as autoridades e, principalmente, para o STF: pode um governo interino, cujo aliado mais importante e que conduziu o processo de impeachment, Eduardo Cunha, está às vésperas da cassação e da prisão e cujo Procurador-Geral acusa de ser um governo montado para barrar as investigações de combate à corrupção, desmontar o Estado nacional? Sem respeitar o voto popular?

O que dirá o futuro quando se olhar para trás e enxergar que através de um golpe, um impeachment sem provas contra uma Presidente democraticamente eleita, um governo interino totalmente ilegítimo produziu um verdadeiro massacre na Estrutura do Estado afetando de maneira contundente a população trabalhadora e mais pobre?

Eis o momento de intensificar a mobilização Fora Temer!

Ricardo Jimenez


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