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segunda-feira, 2 de maio de 2016

O golpe da eleição indireta: sai PT e entra PSDB! E o voto? Eleições Já!!



O PSDB não vence uma eleição nacional desde 1998, quando FHC comprou a sua reeleição criando um caminho alternativo na Constituição de 1988.

E olha que o PSDB perdeu em 2002, 2006, 2010 e 2014 escondendo FHC. Serra, em 2010, foi inclusive lulista!

Mas a derrota de 2014 foi demais. Com as jazidas do pré sal da ordem de 200 bilhões de barris em regime de partilha, com a aproximação do Brasil dos BRICS, com a criação de um banco de desenvolvimento, e com Lula vivo. É muito para o sistema hegemônico mundial.

O golpe é apenas uma mudança na condução da política através de uma eleição indireta. A FIESP, a GLOBO (operando conjuntamente com um esquema jurídico-policial dissidente dentro do aparelho de Estado) e o fisiologismo político agiram desde 2013 no processo de desestabilização.

Contando com a leniência e a imprudência do governo Dilma, que tentou dialogar com este esquema desde que venceu as eleições até semana passada, o golpismo busca dar o desfecho final.

Na prática, permanecem os mesmos partidos de sempre, com o PMDB no comando e trocando o PT pelo PSDB na aliança governista. Sai o PT levando consigo seus compromissos e raízes no movimento sindical e social e entra o PSDB com o seu neoliberalismo.

O Programa Ponte para o Futuro, que une PMDB, FIESP e PSDB, é a aplicação golpista de um programa político rejeitado nas urnas, quatro vezes! É empurrar goela abaixo do país, e de 54 milhões de eleitores, um programa anti-povo e pró-mercado.

Um programa neoliberal rejeitado quatro vezes seguidas nas urnas não tem legitimidade, pois um programa político que promova a flexibilização trabalhista, corte nos programas sociais, privatizações em massa, a entrega do pré sal, a privatização do ensino público e o retrocesso em direitos individuais e coletivos, incluindo as minorias, jamais seria eleito!

Impor este programa à nação através de um impeachment forjado contra uma Presidente eleita e que serve de eleição indireta de um vice conspirador, através de um Congresso dominado por Eduardo Cunha, é golpe!

Aliás, Temer, o traidor e conspirador, essa figura fake da política, empolado, só está no cargo de vice-Presidente por causa de Lula, pois foi Lula que sustentou os votos de Dilma na eleição passada, inclusive fazendo a candidata adotar um discurso nacionalista e desenvolvimentista fundamental para a virada no segundo turno.

Estamos vivendo uma inédita unidade em torno da pauta anti-golpe, que envolve bem mais que os partidos e movimentos sociais tradicionalmente de esquerda. Esta unidade precisa ser ampliada e fortalecida.

Hoje, diante do fato consumado no Congresso, mesmo não havendo crime de responsabilidade definido, e diante de mais uma omissão histórica do STF, há duas pautas colocadas que podem servir à ampliação e fortalecimento dessa unidade democrática: inviabilizar o ilegítimo governo Temer/Cunha/FIESP/PSDB e eleições já!

Até este dia 1 de maio eu rejeitei apoiar a pauta de novas eleições, mas diante do que vi e ouvi de nossa Presidenta, compreendo que seja o caminho adequado para dar continuidade a um movimento anti-golpista que só faz crescer.

Contra o governo ilegítimo de Temer, pela prisão de Cunha e novas eleições já!

Ricardo Jimenez

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