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domingo, 3 de abril de 2016

A direita não pode retroceder no golpe e pode ter dado tiro no pé!


A direita jogou todas as fichas no golpe e pode ter dado um tiro no pé.

Não que o golpe político-jurídico-midiático seja algo totalmente uniforme, não é, há diferenças dentro do golpismo, mas de modo geral, eles caminharam juntos até agora e, juntos, podem ter dado um tiro no pé.

Após mais de 1 ano e meio conduzindo o país a uma crise política que impede uma solução para a crise econômica, o golpismo não pode mais retroceder, tem que seguir em frente de qualquer maneira.

Mas, das duas, uma: se sair vitorioso em derrubar a Dilma e emplacar Temer no poder em aliança com o PSDB, a Globo, a FIESP e os fisiológicos do PMDB e penduricalhos, o golpismo vai aplicar uma agenda de ajuste draconiana, levando a crise econômica e social ao extremo. A base social que elegeu o PT quatro vezes vai se levantar, como já está se levantando, e colocar um ilegítimo Temer contra a parede.

Se o conluio golpista buscar reprimir os movimentos sociais vai cair em pouco tempo e, neste caso, uma nova eleição seria de resultado imprevisível, jogando o Brasil em uma situação parecida com a Argentina pré-Kirchner.

Isto sem falar no fator Lava Jato e suas implicações no STF. Como ficam as denúncias de corrupção envolvendo membros do PMDB e PSDB até agora ignoradas pelo juiz de Curitiba? Uma postura firme do STF pode enfraquecer Moro e implicar juridicamente toda a cúpula do governo golpista. Uma posição conciliadora do STF (pouco provável na minha opinião) pode agravar ainda mais a crise social.

Para os grupos de mídia, não há outro caminho, ou tomam o poder agora e usam as verbas públicas para se sustentar, ou vão de vento em popa para a falência.

Mas o cenário que se desenha depois dessas últimas semanas é ainda pior para o golpismo. São reais as chances do governo em barrar o impeachment na Câmara e de Lula conseguir reconstruir um mínimo de governabilidade. Basta para isso que ele assuma o Ministério esta semana.

Sem o golpe, Cunha cai no inferno e leva Temer com ele. O STF ganha fôlego para derrubar Cunha da Presidência e dar um freio de arrumação na Lava Jato e para consolidar de vez a proibição de doações empresariais em eleições.

Parte importante do PMDB se recomporá com o governo e o PSDB se transformará no grande alvo de ódio da malta proto-fascista que ele mesmo ajudou a formar.

Aí, caberá ao governo Dilma dar os indicativos de que fará um resto de mandato voltado para a sua base social, retomando em parte as políticas de desenvolvimento e sociais interrompidas e apontando o caminho livre para o debate eleitoral de 2018.

O sentimento do brasileiro está mudando, ninguém aguenta mais essa crise, esse ódio. A seletividade e o anti-petismo explícito estão por fazer o povo se perguntar: afinal a quem interessa tudo isso? O cenário aponta para a superação d crise e Dilma cumprindo seu mandato.

Os golpistas José Serra e Aécio Neves podem sair disso tudo como fantasmas políticos, sem voz e sem voto.

Ricardo Jimenez


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